Rótulos e números.

Você já percebeu que tudo na vida não passa de números e rótulos? Temos data de nascimento, RG, CPF, Número da conta, número do passaporte, PIS, número da casa, número de matrícula, número de chegada e de partida, enfim um mundo de números rondando nossas vidas o tempo todo, todo tempo. E se já não bastasse ainda temos os rótulos: casada, solteira, viúva, divorciada, amável, grosseira, cansada, velha, moça, gorda, magra, alta, baixa e por ai vai..., mas para quê servem estes rótulos?

Os números servem para nos identificar perante tantas outras pessoas que coexistem simultaneamente ao nosso lado. É mais fácil arquivar o documento da matrícula 45.575 do que da Maria da Silva, que provavelmente devem haver milhares espalhadas por ai, mas e os rótulos?

Por que as pessoas sentem essa necessidade incrível de rotular as pessoas? Os rótulos definem as pessoas? Os rótulos definem a nós mesmos? Por que precisamos falar: "Sabe a Maria da Silva? Aquela baixinha, gordinha, cara feia?" E se precisamos rotular por que sempre escolhemos os piores? "Sabe a Maria da Silva? Aquela que deve estar passando por algum problema, pois ultimamente está sempre de cara feia?", tão mais simples tentar compreender, entender que rotular....tá é verdade, talvez não seja tão simples assim, mas com certeza é apenas uma questão de tempo, de treino e principalmente de respeito.

Eu não quero rótulos, principalmente aqueles que querem a todo custo me classificar, isso mesmo, os rótulos servem para classificar as pessoas, assim como em uma prateleira de supermercado: macarrão de semolina, integral, sem glutén, divorciado, infeliz, alto, magro e chato. Não quero que me apresentem seguido de um rótulo: "Essa é a Cris que....", não não quero, quero apenas ser eu, como todos os meus defeitos e minhas qualidades, quero ser EU mesma na minha essência, sem me preocupar com nada, nem com rótulos e nem com números, quero apenas ser EU....

"Muito prazer, eu sou a CRIS, para todo mundo eu sou a CRIS."